Na atualidade, grande parte dos transtornos mentais (insanidade) são determinados ou minimamente tem como fator importante o fato de vivermos subjugados pelo subjetivismo exacerbado, o mundo está formatado de tal forma que acabamos nos tornando sistemas isolados em verdadeiras “bolhas“ de subjetividade humana. Dentro dessas bolhas criamos nossas regras e determinamos o que entra e o que dela sai, o que é certo ou errado.
Ocorre que blindados em bolhas,
“todos são horríveis com todos, o que bastaria para deixar qualquer um louco” Filme CORINGA direção de Todd Phillips.
Isso resulta em comportamentos compatíveis com o que chamamos de psicopatia. O avanço das relações humanas virtuais, aliado às marcas emocionais presentes em nossa psique e aos condicionamentos a que fomos submetidos desde a primeira infância, fortalece nossas barreiras que vão se tornando insuperáveis.
Ora, o ser humano é um ser gregário, faz parte do nosso gênero e da nossa história a necessidade de relação legítima, real, não intermediada por máquinas ou interpretada por algoritmos. Assim temos de admitir a possibilidade de qualquer vir a adoecer mentalmente, como corroboram as pesquisas que trazem números cada vez maiores de doentes.
Egolatria, falta absoluta de empatia, sede de posse, prazer e poder forjam em cada um de nós, um ciclo vicioso dinamizado por desejos que se sucedem sem jamais encontrarem a satisfação almejada. A tal ponto que não vemos em nosso próximo um semelhante, um irmão, somos indiferentes como destacado por Jack, personagem do filme A CASA QUE JACK CONSTRUIU do diretor Lars Von Trier.
Isso resulta em um tipo de vida que é a mais superficial, vazia, e sujeita a tentações, que um ser humano pode ter. Muito diferente da Alegria genuína, que é um estado de alma cheio de vida e que busca cada vez mais vida.
Lembremos aqui a frase de Cristo: “
O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. João 10:10
O vício no mundo virtual, a que estamos todos submetidos em maior ou menor grau, deve ser o foco de nossa atenção e cuidado e evitado no dia a dia, substituindo-o progressivamente por atividades e ações do mundo real, que devem ser realizadas com o maior estado de Presença possível. O celular, por exemplo, deve ser liderado por nós mesmos e não o contrário, como normalmente ocorre.
O retorno a uma relação harmônica com o próprio corpo por meio de exercícios físicos diários a fim de restabelecer a conexão com o nosso verdadeiro ser que ele ali habita, resultante do aumento da circulação sanguínea por onde flui nosso Espírito.
“Escreva com sangue e verás que sangue é Espírito”. Livro Assim Falava Zaratrusta – Friedrich Nietzsche
Nesse sentido também é de suma importância a priorização de leituras, ao invés das horas intermináveis em séries, youtube e outras atividades semelhantes que levam ao estado de passividade física, intelectual e anímica. Mas não qualquer leitura e sim aquelas que nos fazem pensar e que nos colocam em contato com nosso Ser.
Com essa consciência voltemos a atenção para nossas crianças e adolescentes nos esforçando para sermos exemplos vivos que possam direcionar-lhes à uma vida saudável.
Que as rosas floresçam em vossa cruz!